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PRÁTICA DE ENSINO – 8º SEMESTRE – 2018 – PROFa. SOLANGE

Agnaldo Paiva do Nascimento - RA C75HFB-3
Andréia Santos - RA C599BH-5
Aniele Rocha Macedo - RA C50DHD-2
Nathalia Marques - RA C582FI-2
Taís Maria Bezerra Leite - RA C66169-4
Tayná Trombin - RA C655DC-6

A Estética da Diferença e o Ensino das Literaturas de Língua Inglesa – Resenha 1
O artigo retrata a relação entre diferença e estética da literatura, mostrando que existe uma diferença estética em obras literárias, causada pela pluralização cultural, em especial existente nas diferentes colônias de língua inglesa.
Festino (2014) disserta sobre como a literatura sempre foi utilizada por altas classes sociais para controlar as classes mais baixas de sua sociedade, e para colonizar novos povos.
A autoridade de definir o valor literário de uma obra, sempre pertenceu às elites, sociais e acadêmicas, que definiam como cânones as obras que seguiam um padrão estético que retratassem a sociedade da forma como essa alta classe considerava correta. O artigo fala sobre a ideologia por trás da estética, e como podemos ver no trecho “esse tipo de ideologia se manifesta no fato de prestigiar um panteão de escritores, homens, brancos e euro-americanos, nunca sujeito a mudanças”, não era apenas a visão social representada na obra que definia seu valor social, a quem a obra era atribuída já definia certa relevância estética.
Para esta clássica elite, social, econômica e política, sua cultura era, e ainda é considerada assim, superior a qualquer manifestação artística de outros povos, com outras culturas.
E se a literatura, bem como outras manifestações artísticas, têm como uma das principais funções narrar as histórias e as crenças de seu povo e contar sobre sua cultura, é necessário valorizar essas obras e olhar para elas como uma estética diferente, não uma estética menosprezada, apenas uma forma diferente de uma sociedade diferente, que não segue e nem deve seguir os padrões definidos por alguém, principalmente sendo esse alguém de fora dessa sociedade, que não possua a capacidade de compreender a diferença, não apenas entre estéticas literárias, mas a de uma cultura, política, crenças e valores completamente diferentes.
Em um contexto de globalização, é fundamental entender as diferentes visões de mundo, e pluralidade cultural existentes na civilização mundial, para que seja ensinado, através da literatura, no conceito de diversas literaturas de língua inglesa, para que haja uma compreensão das diferentes narrativas de diferentes povos, e possamos olhar para o outro, não como inferior, mas como diferente.






A Estética da Diferença e o Ensino das Literaturas de Língua Inglesa – Resenha 2
O artigo estabelece uma distinção entre estética e diferença. Temos a definição de estética, aqui resumida, como universal, e a de diferença como local/situada. Esses dois conceitos se aplicam às literaturas de língua inglesa e à inclusão não somente de suas narrativas canônicas, mas também das narrativas das culturas pós-coloniais que hoje carregam a língua inglesa em comum, mas uma cultura própria em distinção.
O artigo também faz uma distinção do Outro, citando que "o Outro não é um inimigo, mas aquele cuja cultura marca os limites da nossa e ajuda-nos a refletir sobre a própria cultura ao mesmo tempo em que contribui para nos libertar dos tabus da nossa sociedade." (p. 315).
Eagleton (1990, p. 25) aponta que a estética não é única e desinteressada, pois subjuga as massas e quer se impor, enquanto Freitas Caton, por outro lado (2002, p. 280), nos diz que é uma prática comunitária. Quanto à estética, Ickstad (2002, p. 265) aponta que esta é instável e está em constante transformação.
Levando em conta que o objetivo da estética da diferença é "o amor do outro por meio de apreciação de formas diferentes" e que o literário é um conceito plural e dos valores de um povo, podemos concluir que não é porque se entende literatura inglesa que será possível entender qualquer outra literatura da língua inglesa, pois cada uma tem suas peculiaridades e características, ou seja, sua estética. Como exemplo disso, é citado no artigo o fato de o romance inglês ser social e o russo ser psicológico, e as narrativas dos dalits na Índia não terem valor literário para as castas superiores.
Somos submetidos a estudos de literaturas de língua inglesa estruturados por uma hierarquia e por uma relação de poder, onde nos são apresentadas obras cânones e nos são omitidas as obras de culturas de ex-colônias, quando o ensino de literaturas de língua inglesa deveria, na verdade, abranger toda a extensão das culturas de língua inglesa, pois a estética é uma prática de inclusão.
Para concluir, é trabalho do professor de língua inglesa se inteirar com as diferentes epistemologias estéticas e com diferentes sistemas culturais para não desqualificar o texto do Outro. Dessa forma, deve-se ensinar a diferença não somente pelas condições literárias, mas também pelas culturais, sociais e políticas, pois, como afirma Damrosk, devemos ler um texto considerando o contexto em que este foi produzido. O professor também deve ter em mente que o diferente pode ser ele ou qualquer outro, dependendo do ângulo em que se olha, e que a diferença é um processo de significação que varia de acordo com o contexto cultural e com as pessoas envolvidas em sua relação de poder.

ROTEIRO PLANO DE AULA – AULA DE INGLÊS/LITERATURA - MITOLOGIA GREGA EM INGLÊS
Aula dirigida ao 1º ano do ENSINO MÉDIO;
Leitura do livro – Percy Jackson e os Olimpianos. (A primeira bronca que o leitor mais clássico pode ter com a série Percy Jackson e os Olimpianos, do norte-americano Rick Riordan, é a mudança do Monte Olimpo, a morada dos deuses, da Grécia antiga para o Empire States, no coração de Nova York – EUA. Mas a cara amarrada se desfaz em poucas páginas. Primeiro porque a explicação do autor para a licença poética e geográfica é bastante lógica. E, em segundo lugar, porque a série é bem construída e verossímil em todos os outros aspectos da mitologia grega.  Sem contar que as histórias são criativas e muito divertidas. É bom entretenimento juvenil e é um pouco mais que diversão. Rick Riordan dá uma roupagem contemporânea e recheada de ícones da cultura pop para os deuses do Olimpo e transforma os semideuses dramáticos e sofridos das lendas de antigamente em um bando de garotos e garotas em idade escolar, às voltas com super-poderes e questões da adolescência como primeiros amores e relacionamentos difíceis com os pais imortais (de certa forma, até uma certa idade, todos os pais parecem imortais aos olhos dos seus filhos, até que eles descobrem que pais também falham). A mistura, que a primeira vista parece que não dará boa liga, revela-se acertada e vai além de “fazer a garotada de hoje em dia se interessar pela mitologia clássica”).
https://mardehistorias.wordpress.com/2011/12/25/resenha-serie-percy-jackson-e-os-olimpianos/

Atividades ministradas em aulas de 50’, com atividades já com os minutos aproximadamente definidos.
Texto/xerox com trechos tirados do livro para atividades em sala de aula.

1ª AULA
Tema da aula: How Greek Mithology is related to current Super Heros and Pop Personalities
1. Warm up/Ensino reflexivo: Read the book of Rick Riordan and discuss the following questions with students.
Familiarizar os alunos sobre o assunto que será proposto em sala de aula, a técnica de ANTECIPAÇÃO.
Usar PALAVRAS–CHAVES no texto para localizar o que será discutido.
Mencionar os gêneros textuais que serão utilizados e dependendo do público alvo, utilizar o tipo de linguagem que é parte de tal comunidade.

Let’s Talk About Greek Mithology:
Every hero is a demigod, but not every demigod is a hero;
Give current examples of Pop personalities comparing them with Greek Gods.

2. Estratégia
Introdução ao tema
Aproveitando o gancho de se usar um livro de uma série para o ensino de literatura sobre a mitologia grega em inglês em sala de aula, agora será proposta uma atividade de reflexão sobre a questão de que todo herói pode ser um semi-deus, mas nem todo semi-deus pode ser um herói.
Nessa atividade, por intermédio do professor, alunos lerão e interpretarão um texto onde serão trabalhadas as seguintes habilidades: compreensão auditiva, leitura, aprimoramento da pronúncia das palavras, aquisição de vocabulário, introdução do SIMPLE PAST (verbos regulares e irregulares) e compreensão de texto.

3. Desenvolvimento da aula:
O professor fará leitura pausada do texto junto com os alunos, auxiliando-os na compreensão do texto, na pronúncia das palavras que desconheçam, explicando significado de palavras e verbos, e até mesmo traduzindo o texto para que todos tenham uma compreensão plena das ideias apresentadas.
Sempre com comunicação direta, através de artigos, reportagens, isto é, material autêntico e com materiais de diferentes formatos (multimodais), sendo digital, auditivo, etc.

4. Atividade
Cada aluno deverá circular 3 verbos no SIMPLE PAST que não conhecem e anotar seu significado para apresentar à sala durante atividade que acontecerá no final.
Após esta atividade de leitura e aquisição de vocabulário, a proposta é aproximar o tema à realidade do aluno. Ainda no tema mitologia grega, iremos abordar assuntos advindos da realidade atual como super heróis e personalidades pop e sua relação com a mitologia grega. É uma forma de atrair a atenção do aluno. Mesmo estando em uma aula de literatura, trazer temas que sejam próximos da cultura e realidade do aluno, a fim de despertar seu interesse na aula. As questões levantadas fazem parte da intenção que se têm de alcançar o letramento crítico, ou seja, de formação cidadã.
Para essa atividade a técnica de SCANNING será a mais apropriada, como objetivo de ensinar o aluno buscar informações específicas no texto.
TEXTO:
In the beginning, the universe was full of darkness, which is known as Chaos to the Greeks. The first God, Chaos created Gaea, the Earth. In the continuation, Gaea generated Uranus, the Sky and then, they got married.
From this union between two huge and powerful gods, they had 12 children, the titans. From that moment, the titans became powerful divine creatures and started to control the whole world. The hell, seas, oceans and heaven were ruled by the titans and their parents. The king of titans was Uranus.
However, the kingdom of all these deities was not full of peace. On the contrary, all of them fought continually. They created monsters that could be used against each other. Besides, one of the pillars of these families of divinities disguised her evil and anger. Gaea, the mother of titans, wanted to ruin her husband. In this context, the mother of all helped her last and most powerful son, Crones, to destroy the Uranus’ Kingdom and become the newest ruler.
Thus, Crones built an iron sickle to be used against his father. With this majestic weapon, the rebel son cut Uranus’ testicles and threw them away in the oceans. From Uranus’ blood and sperm, the goodness of love and beauty was born, Aphrodite. Then, Crones became the new King of titans and ruled the world.

https://www.englishexperts.com.br/forum/correcao-de-texto-em-ingles-sobre-mitologia-grega-t24232.html

5. Tema da aula 20’: Uso e emprego do verbo no SIMPLE PAST (verbos regulares e irregulares), com textos do livro sugerido;
Para essa atividade também será utilizada a técnica de SCANNING.
6. Explicação do tempo verbal SIMPLE PAST (verbos regulares e irregulares): Explicação conceitual e com uso de exemplos falados e escritos na lousa e apresentação dos verbos no SIMPLE PAST (regulares e irregulares) encontrados no texto inicial de leitura crítica.

Para esse nível de alunos, partimos do pressuposto que esse tempo verbal já foi explicado ou deveria ter sido no ensino fundamental II. Portanto os sons e a pronúncia já foram trabalhados anteriormente em sala de aula.

2ª AULA – Retomada do tempo verbal SIMPLE PAST (verbos regulares e irregulares), através de exercícios do livro didático em uso;
1)  Uso e introdução da ferramenta YOUTUBE,  os alunos em grupos criarão vídeos onde identificarão através desse vídeo o que foi ensinado e aprendido sobre mitologia grega e seres mitológicos, sala dividida em 2 grupos como em uma gincana, vídeos finalizados deverão ser postados em blogs também criados por esses grupos.
2) E como speaking finalizando com os grupos participantes interpretarão e narrarão trechos do livro – Percy Jackson e os Olimpianos, sugerindo aos grupos que se caracterizem com os personagens interpretados;
3) E finalizando com  HOMEWORK, uso do livro didático e também do CD anexo para os exercícios de SIMPLE PAST, para serem corrigidos na aula seguinte, como continuação do que foi ministrado em sala de aula.
4) Avaliação: A avaliação será continuada, o professor terá esse controle através da performance do aluno, anotada em planilhas de evolução individual.
Com atividades dos alunos observadas em sala de aula, nada imposto ou pré-determinado, mas na medida do possível que aconteça de forma natural e espontânea, bem como incluindo também as avaliações escritas.

APS: Literatura Brasileira: Prosa

Nesse projeto de APS, supervisado pela professora Sueli de Britto Salles, para a matéria de Literatura Brasileira: Prosa, do curso de Letras, 6º semestre, da UNIP - Vergueiro, apresentamos as seguintes pesquisas:

Semana 1 e 2:

ESTUDOS ACADÊMICOS SOBRE “SERMÃO DA SEXAGÉSIMA” E A “CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA”
 Muitos universitários utilizaram o Sermão da Sexagésima como tema de estudo, análise e criação de artigos. Durante nossa análise, separamos dois: Um da especialista em Língua Portuguesa, formada pela UERJ e membro do Grupo de Pesquisa SELEPROT, Elisa Tavares Pires e outro da Joise Maria Luft, graduanda da UFFS.
 Elisa Tavares Pires fez uma análise sobre “A argumentação em ‘Sermão da Sexagésima’”. A mestranda inicia o trabalho com o objetivo de usar o Sermão como exemplo para alunos, de forma que eles usem as estratégias argumentativas presentes no texto em seus próprios discursos. Para isso, ela analisa o contexto histórico em que ele foi escrito, assim como a própria vida do Padre Antonio Vieira, para então poder analisar o texto em si, as escolhas gramaticais, técnicas de argumentação, etc. Já Joise Maria Luft volta seu estudo para figuras de linguagem, mais especificamente as alegorias. Ela analisa o uso delas no Sermão e como elas se tornam compreensíveis e geram o convencimento.
 Um dos estudos feitos sobre a Carta de Pero Vaz de Caminha foi feito por: Julia Silveira Matos (Doutora em História, professora do curso de História da Universidade Federal do Rio Grande - FURG e coordenadora de Pós-graduação em História: Mestrado profissional), Luciane dos Santos Avila (História licenciatura - FURG e bolsista de Iniciação à Docência – PIBID) e Fernanda Santos dos Santos (História licenciatura - FURG e bolsista de Iniciação à Docência – PIBID).
 Juntas, elas fizeram um artigo sobre a Carta, analisando seus principais elementos (como os indígenas eram vistos, por exemplo) e como a carta poderia ser usada/trabalhada em sala de aula, que, por ser um documento histórico, proporciona aos alunos uma visão “real” do passado, fazendo-os relacionar com o presente e vice versa. Um dos pontos de observação da análise foi identificar como a Carta poderia ajudar na compreensão da Idade Moderna e quais elementos nela inseridos seriam usados para essa compreensão.
 Dessa forma, podemos concluir que tanto o Sermão da Sexagésima, quanto a Carta de Pero Vaz de Caminha são ferramentas excelentes para o ensino. Independentemente de as análises terem sido feitas para disciplinas diferentes (Português e História, respectivamente), o uso delas traz exemplos reais e ricos para a sala de aula: como usar a argumentação e figuras de linguagem de forma que seja produzido um discurso de extrema qualidade e como um documento histórico auxilia na compreensão da história.

BIBLIOGRAFIA
PIRES, Elisa Tavares. A Lição de Barthes: A Argumentação em Sermão da Sexagésima: Breve Análise. Disponível em: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/cadernoseminal/article/viewFile/10915/8606
LUFT, Joise Maria. A Construção Alegórica no Sermão da Sexagésima de Antonio Vieira. Disponível em: http://www.revistaversalete.ufpr.br/edicoes/vol4-07/13%20A%20constru%C3%A7%C3%A3o%20aleg%C3%B3rica.%20Joise%20Maria%20Luft%20PRONTO.pdf
MATOS, Julia Silveira; AVILA, Luciane dos Santos; SANTOS, Fernanda Santos. A Escrita de Pero Vaz de Caminha e as Características da História Moderna para o Ensino de História. Disponível em: http://projeto.unisinos.br/rla/index.php/rla/article/viewFile/248/201

Integrantes:
Aniele da Rocha Macedo                                       RA: C50DHD-2
Nathalia Marques Fernandes Santos                      RA: C582FI-2


Semana 3:

TIL – JOSÉ DE ALENCAR

BERTA – É a personagem principal da trama. Berta é uma típica heroína romântica e possui uma grande influência no comportamento das outras personagens, manipulando-as – sempre movida por boas intenções. É muito bondosa, caridosa e altruísta.

BESITA – Mãe de Berta, Besita é uma mulher muito bonita que atrai os olhares de três homens durante a narrativa: Jão Fera, Luís Galvão (pai de Berta) e Ribeiro, sendo este com quem acaba se casando. 

ZANA – Trabalhava para Besita, mas acabou ficando louca após presenciar o assassinato da patroa e assim passou a, todos os dias, repetir as mesmas ações do dia da morte da mãe de Berta.

DONA ERMELINDA – Esposa de Luís Galvão, Dona Ermelinda é uma mulher muito elegante e educada, mas diferente de Besita, não é muito bonita. É filha de um capitalista e, por ter sido educada aos moldes europeus, possui um típico perfil de senhora/patroa.

Integrantes:
Aniele da Rocha Macedo                                       RA: C50DHD-2
Nathalia Marques Fernandes Santos                      RA: C582FI-2
Tayná Trombin da Silva                                         RA: C655DC-6

Semana 4:

ANÁLISE DO ENFOQUE DADO À OBRA MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS POR VESTIBULARES

 Analisamos cinco questões de vestibulares que tratam da obra Memórias de Um Sargento de Milícias, sendo quatro do vestibular FUVEST, da Universidade de São Paulo (USP) e uma do vestibular da Universidade do Rio Grande do Sul (UFRS) disponíveis no site passeiweb.com.
 Entre as quatro da FUVEST, foram abordados temas como análise de personagens; a linguagem utilizada pelo autor; a contradição de idealização do sentimentalismo presente nas relações amorosas do romantismo; e comparação entre personagens de outras obras do romantismo. No vestibular da UFRS a questão indaga a percepção que o próprio narrador tem do protagonista.
 Pudemos observar que esses dois vestibulares tratam a obra no seu contexto geral, como análise dos personagens, suas índoles, a impressão que o próprio narrador tem do protagonista, passando pelas relações amorosas da obra que vão contra os ideais românticos, e comparando personagens de obras diferentes. A abordagem dada à história exige dos vestibulandos um conhecimento literário avançado, não basta ler a obra, é necessário conhecer o movimento romântico, suas características e ler obras diversas para ser capaz de criar uma relação entre elas.

Questões disponíveis no link www.passeiweb.com/preparacao/banco_de_questoes/portugues/memorias_de_um_sargento_de_milicias

Integrantes:
Aniele da Rocha Macedo                                       RA: C50DHD-2
Nathalia Marques Fernandes Santos                      RA: C582FI-2
Tayná Trombin da Silva                                         RA: C655DC-6

Semana 5:

LINGUAGEM E VOCABULÁRIO DA OBRA "O CORTIÇO", DE ALUÍSIO AZEVEDO
 A obra "O Cortiço" é narrada em terceira pessoa, com narrador onisciente. Sobre sua linguagem, é possível encontrar uma grande capacidade descritiva do narrador para com a cena e uma plurivalência de nacionalidades, mostrando como variadas línguas como o francês, o italiano e o português de Portugal, por exemplo, junto com o falar dos salões e das ruas integram a Língua Portuguesa, representando assim vários tipos de pessoas e culturas, afirmando que a obra não era para um só público alvo, mas para vários.
 O Naturalismo fazia uso de vocabulário bastante técnico e de cunho estritamente materialista, para que fosse possível estreitar ao máximo as relações entre arte e ciência, e é o que acontece com a obra "O Cortiço", que é uma obra que faz um retrato da sordidez e dos vícios humanos, seguindo a teoria naturalista de que o espaço físico e o código genético influenciam o comportamento humano, e essas representações são feitas sem esconder aspectos repugnantes e grotescos.

Integrantes:
Aniele da Rocha Macedo                                       RA: C50DHD-2
Nathalia Marques Fernandes Santos                      RA: C582FI-2
Tayná Trombin da Silva                                         RA: C655DC-6

Semana 6:

REALISMO MACHADIANO
 A ironia machadiana é a principal característica de sua fase "madura" (ou realista) e foi herdada do romantismo europeu, e por isso está presente em toda a obra de Machado, desde seus primeiros escritos.
 Podemos citar inúmeros exemplos de ironia em suas obras, mas temos um exemplo da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis", ressaltando que, para o autor, amor e interesse material estão intimamente ligados.
 Outro exemplo é o conto O Caso da Vara, onde Machado usa a ironia para evidenciar críticas à sociedade da época e da sordidez da escravidão.
 Apesar de sua influência romântica (podendo ser vista nas obras Iaiá Garcia, Contos Fluminenses, A mão e a luva, Ressurreição, Helena e História da meia-noite), os temas abordados em suas obras não correspondem aos temas comuns ao movimento. Destacando-se dos demais, Machado concentrava suas obras em personagens femininas ávidas por ascensão social, dispostas até a sacrificar sua vida amorosa, o que era abordado de forma completamente oposta pelos autores românticos, e suas obras são bastante críticas e fazem isso com muita ironia.
 Em 1878, Machado estava com sérios problemas de saúde, e deixou a cidade do Rio de Janeiro com sua esposa para ir morar em Nova Friburgo, conhecida por bons ares. A partir daí, o escritor recupera seu fôlego criativo e inicia a chamada segunda fase da prosa de Machado de Assis, onde se sobressai a análise psicológica dos personagens, como o egoísmo, pessimismo e negativismo, além de críticas ao romantismo.

Integrantes:
Aniele da Rocha Macedo                                       RA: C50DHD-2
Nathalia Marques Fernandes Santos                      RA: C582FI-2
Tayná Trombin da Silva                                         RA: C655DC-6

Semana 7:

MODERNISMO DE JORGE AMADO – CAPITÃES DA AREIA
 A obra faz parte do movimento Modernista. A principal característica desse movimento é a crítica social e a denúncia dos problemas nacionais (principalmente os regionais), como a seca, por exemplo. No caso da obra Capitães da Areia, a questão abordada é dos menores abandonados e a criminalidade cometida por crianças.
 O livro retrata a criminalidade e a violência por parte das crianças, mas faz isso dando, em alguns momentos, uns lampejos de inocência comuns a qualquer criança. Há uma cena no livro onde elas brincam em um carrossel e esquecem de todo mundo de tão encantadas que ficam com o brinquedo, deixando de lado até os pensamentos sobre os crimes que cometeram e que pretendiam cometer.   Também é possível notar seus sonhos, medos simples como de chuva e de trovão, falta de um carinho de mãe e até um primeiro amor na adolescência, além de sofrerem preconceito por parte de outras pessoas, inclusive, ironicamente, de senhoras da igreja.
 A questão da falta de uma figura materna é abordada com o surgimento da personagem Dora. Após muito relutarem, eles acabam aceitando a primeira garota no grupo dos Capitães da Areia e acabam criando afeição por ela, que costura, cuida, conversa e dá carinho para os meninos. Apesar de ter a mesma idade deles, ela se mostra muito atenciosa e carinhosa e logo os conquista, e cada um deles a vê como a mãe que teve ou reflete nela a mãe que sonhavam em ter um dia.
 O livro mostra que as crianças cometem crimes e assaltam para suprir suas necessidades de comida e roupa. Algumas vezes, se infiltram em casas para observar o movimento da mesma, os bens que têm e como podem fazer para assaltá-la. Em uma dessas operações, um dos garotos acaba desenvolvendo afeto pela família que o acolhe pensando ser um garoto de rua ingênuo e desesperado. Esse garoto se encanta com os carinhos da mulher e com a amizade do homem e começa a hesitar quanto a cometer o crime, mas sua lealdade com o grupo é mais forte e ele acaba cometendo o ato, mas depois disso se torna mais frio e amargurado, buscando incansavelmente o carinho que deixou de lado e se sentindo culpado por ter traído a confiança do casal.

Integrantes:
Aniele da Rocha Macedo                                       RA: C50DHD-2
Nathalia Marques Fernandes Santos                      RA: C582FI-2
Tayná Trombin da Silva                                         RA: C655DC-6

Semana 8:

REGIONALISMO DE GRACILIANO RAMOS
 A obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas, possui muitas características interessantes para serem analisadas, como o discurso indireto livre e o tempo psicológico.
 O livro é narrado em terceira pessoa, mas a presença do discurso indireto livre traz à narrativa a voz das personagens, o que nos insere, de fato, na vida que eles vivem, de forma que podemos ouvi-los e não somente saber o que falaram. A escolha do tempo psicológico ao invés do tempo cronológico também é marcante, já que assim essas personagens que vivem na miséria, sofrem constantemente e que estão distantes da “sociedade civilizada” se tornam ainda mais excluídas.
 Outra característica marcante na obra de Graciliano Ramos é o nome das personagens – e até mesmo a ausência dele. Logo no primeiro capítulo, aparecem Sinha Vitória, Fabiano, seus filhos (chamados de “menino mais velho” e “filho mais novo”) e a cachorra Baleia. É de fato interessante que até mesmo a cachorra tem nome e as crianças não, ainda que seu nome seja bem irônico ao comparar com a situação em que a família vive – na seca. Quando algo possui um nome, damos um significado para aquilo, mas algo/alguém sem nome, não possui significação, ou seja, essas são crianças sem significação, com um futuro indefinido.
 Analisando a situação do nome/ausência do nome em Vidas Secas, podemos compará-la com a de outros textos: Te, de Marilene Felinto, e Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto. Em Te, vemos uma situação parecida. A criança, assim como os filhos de Sinha Vitória e Fabiano, é quase como um “nada”, sem importância, de tal forma que seu “nome” não chega nem a ser uma sílaba, mas sim um simples fonema. Já em Morte e Vida Severina, apesar de todos terem um nome, ele não os identifica, todos são “Severinos”, “Marias”, “Josés”, a única coisa que faz a diferenciação entre as pessoas, é a morte de cada uma delas.
 Dessa forma, com ou sem nome, essas personagens podem ser consideradas todas “Severinas”, pois são pessoas que vivem no sofrimento, sem importância, um “nada”, todos têm uma morte e vida “Severina”.

Integrantes:
Aniele da Rocha Macedo                                       RA: C50DHD-2
Nathalia Marques Fernandes Santos                      RA: C582FI-2
Tayná Trombin da Silva                                         RA: C655DC-6

Semana 11:

ANÁLISE DO TEMA E ESTILO ROSIANO
 Em Grande Sertão: Veredas Guimarães Rosa trata da realidade existente na época, os conflitos e traições entre famílias e inimigos. Traz à tona a opressão sofrida pelas mulheres na personagem de Diadorim, que precisa se travestir de homem para ser aceita na sociedade e atingir seus objetivos. Por mais sangrentos que sejam as batalhas, Rosa trabalha bem os motivos que levam a elas, mesmo através da narração de Riobaldo. Apesar do livro não possuir separação de capítulos e ser de difícil leitura, é possível compreender o que se passa na história.
 Já em A terceira Margem do Rio, não temos tanta dificuldade de entender a história, porém não sabemos os motivos que levaram ao abandono do pai. Talvez por se tratar da perspectiva do filho, não é possível traduzir a o abandono como algo que seja menos que absurdo ou seja justificável.
 Nas duas obras encontramos neologismos, estilo apresentado em todas as obras de Guimarães Rosa.

Integrantes:
Aniele da Rocha Macedo                                       RA: C50DHD-2
Nathalia Marques Fernandes Santos                      RA: C582FI-2
Tayná Trombin da Silva                                         RA: C655DC-6

APS para Literatura Portuguesa: Poesia

Análise Crítica do Livro Didático: Português Linguagens 2 (Editora Saraiva)

 O livro didático analisado trabalha a linguagem e seu uso. Ele aborda temas sociais e de exercício da cidadania, consolidando através de seu conteúdo não só todo o conhecimento técnico-científico, mas também o ético e racional, como é exigido pelo PNLD que busca voltar o ensino dos alunos do ensino médio para o futuro profissional e/ou escolarização de nível superior, contribuindo para a inserção deles nesta sociedade.
 O capítulo de literatura sobre o Romantismo no Brasil traz um resumo estrito e generalizado das três gerações Românticas brasileiras. O enfoque do capítulo é a primeira geração, mostrando ao aluno que apesar de ter sido Gonçalves de Magalhães o primeiro a introduzir a fase romântica na literatura brasileira, foi Gonçalves Dias quem deu forma à identidade nacional trazendo em seus poemas a temática indianista, dando destaque para os poemas “Um Leito de Folhas Verdes” e “I-Juca-Pirama”.
 O capítulo, apesar de curto, fala sobre os acontecimentos históricos que ocorreram no país na mesma época do Romantismo brasileiro. Apesar de não aprofundar-se no tema, o livro cumpre sua função de ensinar o aluno, usando informações curtas e de fácil assimilação. As questões voltadas a esse capítulo tendem para a compreensão e entendimento textual mais do que para o movimento romântico literário em si.
 O livro, além de apresentar o conteúdo, também traz curiosidades e material para complementar o tema apresentado, como sugestão de livros, filmes, links com obras de autores estudados e até cita obras de arte, trabalhando assim com a interdisciplinaridade.

OPINIÃO FINAL
 A obra é interessante porque aborda os temas com uma linguagem bem acessível, e isso é importante porque nem todo aluno tem facilidade com a leitura para interpretar um assunto tão técnico e chio de referências externas como a literatura. Outro ponto positivo é justamente esse: a interdisciplinaridade que o livro traz, trabalhando com obras de arte, referências no cinema e na música também, trabalhando assim diferentes áreas e ampliando a percepção dos alunos, o que é muito importante. Como um todo, a obra é satisfatória e cumpre bem o que promete. 



UNIP Vergueiro – Letras (Licenciatura Português/Inglês) – 5º Sem.

Disciplina: Literatura Portuguesa – Poesia

Nome: Aniele Macedo   RA: C50DHD-2
Nome: Nathalia Marques F. Santos   RA: C582FI-2
Nome: Maria de Fátima O. C. Moraes   RA: B73776-0
Nome: Tayná Trombin Silva   RA: C655DC-6

APS de MALP

          "Nas diversidades existentes na Língua Portuguesa aprendemos no decorrer do curso as diferentes modalidades de uso que ela nos apresenta. Foi como uma viagem de inúmeras surpresas que nos trouxe um prazer imenso em aprender esta língua difundida em vários países, inclusive o Brasil. 
             A Morofossintaxe estuda a forma culta da Língua, usada em situações formais; muito mais na escrita do que em sua forma oral. Todo estudante precisa dominar esta modalidade e todo professor precisa aprofundar-se no conhecimento para preparar seu aluno para o mercado competitivo de trabalho."

O relatório e o plano de aula podem ser acessados pelo link abaixo:
Relatório e Plano de Aula da disciplina de MALP.

Alunos:
Benedito Marcelo A. Martins__ RA:D-07HDF-4;
Maria de Fátima Oliveira de Carvalho Moraes__ RA:B-73776-0
Tayná Trombin da Silva__RA:C655DC-6

APS - Relatório MALP

INTEGRANTES:
Aniele Macedo RA: C50DHD-2
Nathalia Marques F. Santos RA: C582FI-2


RELATÓRIO




PLANO DE AULA

 I. EMENTA
 Ensinar estrutura sintática ao aluno sob uma visão crítica, apontando as peculiaridades da formação de frases e os diferentes sentidos que essas mudanças causam.

 II. OBJETIVOS
 Objetivos gerais:
 Fazer com que o aluno compreenda as diferentes partes de uma frase e os significados que a mudança das mesmas causa na compreensão por parte do interlocutor.
 Objetivos específicos: 
 Ajudar o aluno a identificar as partes que compõem a frase;
 Analisar e fazer reflexões sobre os significados da mesma.

 III. MATERIAL DE AULA
 SAUTCHUK, Inez. Prática de Morfossintaxe: Como e por que aprender análise (morfo)sintática. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2006.

 IV. RECURSOS METODOLÓGICOS
 - Aulas dialogadas.
 - Leitura e discussão dos textos.

Artigo para Análise do Discurso

 Artigo apresentado à Universidade Paulista – UNIP, campus Vergueiro, do curso de Letras (Licenciatura Português/Inglês) como atividade da disciplina de Análise do Discurso, ministrada pela Profª Joana Ormundo.
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O DESENVOLVIMENTO E AMADURECIMENTO DO ALUNO COMO LEITOR

 Resumo: É necessário reconhecer que a leitura é um processo de crescimento e que deve ser desenvolvida aos poucos. Julga-se que um aluno no Ensino Médio tenha competência para ler uma obra clássica por ter estado na escola por mais de oito anos, mas não se percebe que o aluno realizou pouca ou quase nenhuma leitura relevante durante sua vida acadêmica. É preciso incentivar e mostrar que ele pode ler bons livros que representem sua realidade e que isso lhe fará crescer como leitor, até que atinja um amadurecimento suficiente para compreender e questionar as grandes obras que serão tão importantes no seu desenvolvimento.
Palavras-chave: Leitura; crescimento; desenvolver; obras clássicas; aluno; escola; incentivar; livros; realidade; crescer; amadurecimento; compreender; questionar; importantes; desenvolvimento.

 Abstract: It's necessary to understand that reading is a growth process and it must be improved little by little. It's said that a High School student is capable of reading a classical book because he has been in a school for more than eight years, but it's not considered that this student has read a few or even no relevant stuff in his academic life. It's important to motivate and show that this student can read great books that represent his reality and that this action will make him grow as a reader, until he hits and enough maturation to understand and question that books that will be so important for his improvement.
Keywords: Reading; growth; improved; classical book; student; school; motivate; books; reality; grow; maturation; understand; question; important; improvement.

Introdução:
 Este artigo analisa o desenvolvimento e amadurecimento do aluno como leitor. Nosso objetivo consiste em desvelar como a construção do sujeito é feita e quais as influências possíveis para um melhor desenvolvimento e amadurecimento do mesmo. Para isso, recorremos à determinação sócio-histórica-ideológica do sujeito, através do Assujeitamento Ideológico.
Este artigo se divide em cinco partes: Introdução, Contextualização do corpus, Perspectiva teórica, Análise do corpus com base na teoria do “Assujeitamento Ideológico” e Considerações finais.

A leitura dentro das escolas
 Muito se discute sobre métodos pedagógicos para desenvolver o senso crítico dos alunos, e muito se afirma que se alcança essa questão através da leitura.
 É indiscutível que a leitura seja importante nesse processo, mas a leitura precisa ser crítica para que surta o efeito, precisa estimular no aluno o questionamento e as ideias. Não é possível fazer o aluno levantar questões quando ele não compreende o que lhe é apresentado, o que acontece na maior parte do tempo quando os alunos se deparam com obras clássicas.
 Sabe-se da importância dessas obras para a literatura (sendo brasileira ou estrangeira) e para a língua materna e, compreende-se a necessidade de apresentá-las aos alunos, mas é preciso levar em conta o hábito de leitura do aluno e seu conhecimento prévio. O aluno vem de uma realidade onde a leitura não é prioridade e os livros que lhe chamam atenção são considerados “literatura pobre” pela sociedade mais alta. O aluno se vê em um dilema, sem saber se faz bem ao ler o que não lhe parece recomendável ou se se submete à obrigação de ler algo que lhe foge à compreensão.
 Seguindo essa ideia, surge a questão: “Até que ponto as obras clássicas acrescentam aos alunos?”. É inquestionável o valor dessas obras na formação dos alunos, mas seria radical demais propor uma lista de leitura que tivesse mais em comum com a realidade dos mesmos? Durante todo o Ensino Fundamental, ser apresentado ao aluno um amplo repertório de literatura juvenil para que ele amadureça o suficiente para encarar um Machado de Assis no Ensino Médio poderia ser algo mais favorável e propício.
 É preciso ter em mente que o processo para tornar um aluno comum em leitor é árduo, exigindo persistência e paciência para lhe apresentar obras que representem suas ideias e estilo de vida. Após essa primeira fase, após o aluno já sentir vontade de buscar suas próprias leituras, veremos ele se desenvolver. O aluno por si só irá perceber que certas obras não o representam mais e irá buscar outras, mais maduras conforme sua idade, até notar a verdadeira beleza e valor das obras clássicas e fazer excelente proveito de seu texto por estar preparado intelectualmente para tal informação.

Assujeitamento Ideológico
 Entre os diversos conceitos que podemos estudar dentro da Análise do Discurso, deparamo-nos com o conceito de sujeito, que é construído através da relação com o outro e toda atuação do mesmo é determinada pela ideologia.
  A escola assume a posição de transmitir conhecimento aos alunos, mas sempre seguindo uma ideologia dominante, por isso é considerada um Aparelho Ideológico de Estado (AIE). Essa ideologia que analisaremos aqui defende que, para o desenvolvimento do aluno na escola, para sua competência futura na área profissional, é necessário estudar gramática e literatura. Realmente, são pontos muito importantes, mas no caso da gramática, por exemplo, se ensina apenas uma forma de falar, apenas, um padrão, o mais prestigiado, enquanto os demais são abolidos. O mesmo acontece com a literatura. Cobra-se dos alunos a leitura de Machado de Assis, Euclídes da Cunha e José de Alencar. É inquestionável o valor desses autores e de suas obras, mas é preciso levar em conta o conhecimento prévio do aluno e sua realidade, reconhecer que o aluno tem opinião e raciocínio e propor a ele assuntos que o chamem a atenção.
 O aluno, sem saber como se defender e sem conseguir impor seu pensamento, se sujeita a isso. Lê as obras e faz os trabalhos e avaliações propostos, sem, muitas vezes, ter entendido uma palavra do que leu e sem ter refletido. Não podemos dizer que uma leitura foi proveitosa se o aluno não levou um pouco que seja do que leu para sua vida.
Análise
 Como foi dito anteriormente, a escola é um Aparelho Ideológico de Estado, impondo uma ideologia sobre a sociedade, sendo essa ideologia a da classe dominante. Sendo assim, a escola apenas reproduz essa ideologia, aplicando e reproduzindo sobre os alunos. Por ter um poder maior, a escola é considerada um dos maiores Aparelhos Ideológicos de Estado.
 O aluno percebe que algo está errado quando nota que o conteúdo que lhe é ensinado não é adequado a sua realidade. As leituras que realiza não o representam, a linguagem que aprende não é a que pratica e as ciências que estuda não o atraem. A mistificação dos conteúdos escolares, a forma desordenada como são transmitidos, servem para que o aluno se sinta incapaz e desmotivado, adquirindo assim desvantagem até o ponto em que muitos abandonam os estudos e com isso, não desenvolvem seu senso crítico, o que mantém a classe dominante sempre no poder.
 Com uma falsa máscara de igualdade, prega os direitos iguais à educação e ao desenvolvimento, mas banaliza as opiniões e ideias dos alunos, congela sua capacidade crítica e inibe o raciocínio, pois o aluno acredita que tudo o que disser ou pensar não estará correto, pois o "correto" é só o que é dito na linguagem formal. É o que se conhece por Pedagogia Liberal: não levar em consideração a desigualdade de condições que a vida e a realidade do aluno oferecem, legitimando assim a ideologia capitalista.

Considerações Finais
 Atualmente vemos diversos alunos com interesses em livros recém-lançados, mas quando é solicitada a leitura de livros nas escolas, os quais são pré-determinados entre os livros clássicos, percebemos uma grande barreira sendo erguida. Abrindo a mente dos alunos, incentivando a leitura de todo livro com o qual eles se identifiquem, podemos fazer com que eles consigam apreciar não somente a leitura de livros como “A Culpa é das Estrelas”, mas também de livros como “Vidas Secas”, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “A Pata da Gazela”, entre outros.
 Não só aproximar os alunos da literatura, mas também incentivá-los a discutir assuntos presentes nesses livros e fazer com que a leitura não seja apenas uma leitura, mas também um aprendizado é um dos pontos principais que incentivará o amadurecimento mental e crítico desses adolescentes. Debates com colegas, mesmo que pareça algo simples, é algo que desperta diferentes noções e visões sobre diferentes assuntos. Bakhtin já dizia que tudo é construído através das relações, incentivar essas relações nas escolas juntamente com o incentivo de leituras fora às obras clássicas, influencia no desenvolvimento e amadurecimento dos alunos, que é uma parte importante não só para o individuo em si, mas também para a sociedade em que se insere.
 Dentre diversas citações que temos a respeito de livros, Mário Quintana consegue ser um dos mais verdadeiros e diretos quando diz que: “Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”. Aproximar nossos alunos de livros variados pode ser um começo para alcançarmos uma verdadeira mudança. Já dizia Voltaire que “a leitura engrandece a alma”... Vamos então engrandecer a alma dos alunos, dos adolescentes, afinal, eles são o futuro.

Referências Bibliográficas
⦁ http://literatura.uol.com.br/literatura/figuras-linguagem/37/artigo225090-1.asp

⦁ http://www.arcos.org.br/artigos/a-inclusao-da-literatura-inglesa-na-grade-curricular/

⦁ http://www.webartigos.com/artigos/ensino-de-literaturas-de-lingua-inglesa-no-ensino-medio-por-que-nao/54660/


INTEGRANTES:
Aniele Macedo RA: C50DHD-2
Nathalia Marques Fernandes Santos RA: C582FI-2

Projeto APS - Literatura Portuguesa: Poesia

 Proposta de atividade vinculada à disciplina Literatura Portuguesa: Poesia , sob a orientação da Profª Lígia Menna e coordenação da Drª. Joana Ormundo, do curso de Letras da UNIP, campus Vergueiro, São Paulo.
INTEGRANTES:
Aniele Macedo   C50DHD-2
Maria de Fátima O. de Carvalho Moraes   B73776-0
Nathália Marques Fernandes Santos   C582FI-2
Tayná Trombin da Silva   C655DC-6

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 Nosso projeto, cujo tema é “O Ensino da Literatura e as Novas Tecnologias”, tem como objetivo usar livros do autor português Gil Vicente, como o livro A Farsa de Inês Pereira, por exemplo, para incentivar os alunos a terem um senso crítico a respeito da sociedade na qual estão inseridos atualmente.
 Neste projeto, usaremos como base o livro anteriormente citado e pediremos aos alunos para que tirem do texto críticas que o autor fez sobre as pessoas e as relacionem com a postura adotada pelas pessoas que estão inseridas em seu círculo social.
 Para avaliarmos os alunos, será solicitado a eles que postem diariamente suas idéias, comparações e críticas através de um grupo na rede social Facebook, para que assim os colegas possam ver em tempo real as opiniões uns dos outros e interagirem entre si.
 Após essa primeira etapa do Projeto, entraremos na “Fase II”, na qual criaremos um debate em aula para expor as opiniões dos alunos frente a frente, onde eles poderão mostrar vídeos, trechos do livro ou de outros textos, ou até mesmo músicas que os ajudem a expressar e comprovar suas opiniões.
 Como conclusão do Projeto, a “Fase III” terá como base uma reformulação do texto original do livro. Juntos, os alunos irão reescrever a história com base em todos os argumentos anteriormente relatados e, a partir disso, criarão todo um enredo para o roteiro de uma peça de teatro a ser apresentada para a escola, de forma que contenha tanto o contexto do livro como a crítica de cada aluno, seja esta de forma implícita ou explícita.


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 Introdução
 Voltado ao ensino de Literatura Portuguesa para alunos do Ensino Médio regular, este projeto busca trabalhar o ensino da Literatura utilizando formas tecnológicas como redes sociais, de forma que os alunos possam ampliar seu conhecimento sobre a Literatura Portuguesa, assim como seu senso crítico perante as diversas situações da atualidade, que por vezes, se comparam às grandes histórias literárias.

Objetivos
⦁ Modificar a forma tradicional do ensino de Literatura Portuguesa em escolas, utilizando a interação virtual por via de redes sociais (ensino com as novas tecnologias);

⦁ Incentivar os alunos a terem um senso crítico a respeito da sociedade na qual estão inseridos atualmente;

⦁ Apresentar as evoluções ocorridas na língua, trabalhando com o português arcaico e sua forma anterior, o galego-português;

⦁ Aprimorar o processo de ensino aprendizagem.

 Justificativa
 É necessário que os docentes estejam aptos e preparados para as mudanças tecnológicas que o mundo globalizado apresenta. Sendo assim, nosso projeto é necessário para as escolas que optem pela visão global e tecnológica de ensino em redes sociais como meio de aprendizado, porque este será eficaz e essencialmente necessário para que o aluno aprenda melhor.
Temos que admitir a necessidade das redes sociais no plano educacional, o que torna nosso projeto de extrema valia no que se refere à prática de ensino por meio destas, cientes que tanto docentes quanto alunos necessitam cada dia mais viver esse novo modo diversificado e rico para assimilar o aprendizado.

 Metodologia
 Este projeto, cujo tema é “O Ensino da Literatura e as Novas Tecnologias”, tem como objetivo usar livros do autor português Gil Vicente, como o livro “Farsa de Inês Pereira”, por exemplo, para incentivar os alunos do Ensino Médio a terem um senso crítico a respeito da sociedade na qual estão inseridos atualmente e, para tanto, usaremos as Três Fases abaixo para o desenvolvimento deste.

 Fase I – A Leitura e o Entendimento

 Durante a leitura do livro “Farsa de Inês Pereira” os alunos deverão postar diariamente suas ideias, comparações e críticas através de um grupo na rede social Facebook, para assim os colegas verem em tempo real as opiniões uns dos outros e interagirem entre si.

 Fase II – O Debate

 Após a conclusão da primeira etapa do Projeto, será realizado um debate em aula para que os alunos discutam as evoluções ocorridas na língua, desde o português arcaico e sua forma anterior, o galego-português até o português atual, assim como para exporem suas opiniões frente a frente, onde eles poderão mostrar vídeos, trechos do livro ou de outros textos, ou até mesmo músicas que os ajudem a expressar e comprovar suas opiniões.

 Fase III – O Desfecho

 A base da conclusão deste Projeto é uma reformulação do texto original do livro. Juntos, os alunos irão reescrever a história com base em todos os argumentos anteriormente relatados e, a partir disso, criarão todo um enredo para o roteiro de uma peça de teatro a ser apresentada para a escola, de forma que contenha tanto o contexto do livro como a crítica de cada aluno, seja esta de forma implícita ou explícita.

 Referências bibliográficas
⦁ http://revistaescola.abril.com.br/formacao/redes-sociais-ajudam-interacao-professores-alunos-645267.shtml

⦁ http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000111.pdf

⦁ http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/farsa-ines-pereira-resumo-obra-gil-vicente-700290.shtml

⦁ http://valiteratura.blogspot.com.br/2011/03/farsa-de-ines-pereira-gil-vicente.html

⦁ http://www.estudopratico.com.br/vida-e-obra-de-gil-vicente/

⦁ http://www.gilvicente.eu/autos/ordem.html

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 DISCUSSÕES VINCULADAS AO PROJETO: