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APS - Linguística

 Segundo Saussure, o signo linguístico possui dois lados: o significante e o significado. O significante é a imagem acústica do signo, e o significado, seu conceito. Sendo assim, fica claro que a relação entre significante e significado não é uma relação entre palavra e coisa, mas sim entre imagem acústica e conceito. Signo é também uma impressão psíquica, sendo perceptível quando pensamos em uma palavra, mas não a dizemos.
 Os signos servem para representar a realidade, o que explica as diferentes línguas, que nada mais é do que determinada visão de realidade expressada através de significantes e significados.

LICENCIATURA - PLANO DE AULA

 I. EMENTA
 Possibilitar ao aluno a compreensão e identificação de significante e significado e suas definições.

 II. OBJETIVOS
Objetivos gerais: 
Promover ao aluno o conhecimento acerca da importância que o signo linguístico possui para a construção e interpretação de qualquer texto e fazer com que ele obtenha uma compreensão ampliada sobre significado e significante.

Objetivos específicos:
1- Fazer com que o aluno perceba a importância do signo linguístico não só em sua vida acadêmica mas também em seu dia a dia;
2- Promover a compreensão do que significado e significante;
3- Elevar o conhecimento do aluno referente ao assunto através de um plano de aula mais prático e dinâmico.

 III. MATERIAL DE AULA
 FILHO, V. C. Dicionário Paraibês (http://vicentecamposfilho.blogspot.com.br/2009/11/vicente-campos-filho-lanca-dicionario.html), 2009.

 IV. AVALIAÇÃO
 Seminário (valor: zero à dez);
 Uma prova bimestral.
 A média final será dada pela soma e divisão das respectivas atividades avaliativas.

 V. RECURSOS METODOLÓGICOS
 Aulas dialogadas;
 Leitura e discussão do texto;
 Análise e elaboração de relatório sobre os signos linguísticos do dia a dia dos alunos.

INTEGRANTES:
Nathália Marques   C582FI-2
Deborah Metastaine   C7181I-9
Aniele Macedo   C50DHD-2
Lindalva Moderno   T64626-0

                      oOo

BACHARELADO - LÍNGUA x FALA

APRESENTAÇÃO:
Este relatório diz respeito ao tema três, Língua versus Fala na perspectiva Saussureana, trabalho acadêmico do primeiro bimestre da Universidade Paulista – UNIP, texto base: PIETROFORTE, A.V. “A Língua como objeto da linguística” In: Fiorin, J.L Introdução à Linguística: I. Objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2011.

   Influênciada pela Cultura; 
Escritores e Escreventes

Quem fala? Quem escreve? Falta-nos ainda uma sociologia da palavra. O que sabemos é que a palavra é um poder e que, entre a corporação e a classe social, um grupo de homens se define razoavelmente bem pelo seguinte: ele detem, em diversos graus, a linguagem da nação.
Roland Barthes (Crítica e Verdade, 1982, pg 31)


Comenta Barthes sobre o monopolismo da linguagem de escritores durante o capitalismo clássico, isto é, do século XVI ao XIX, da produção um tanto curiosa de uma ordem rígida, mais das produções do que dos produtores, estruturando assim em três séculos a profissão literária, instituição essa cujo o material essencial é a palavra, “meio estético, meio linguístico ao qual nem ao menos faltou uma dimensão mítica, a da clareza.”

Ao discorrer sobre a importância da profissão de produção literária em que “a palavra não é nem um instrumento, nem um veículo: é uma estrutura, e cada vez mais nos damos conta disso; mas o escritor é o único, por definição, a perder sua própria estrutura e a do mundo na estrutura da palavra.”2 Barthes pondera sobre o papel do escritor, questionando seu posicionamento e influência na sociedade. Consequentemente, a carga de responsabilidade e importância do trabalho do revisor de textos e do tradutor. Pois este acumula a função de assimilar o âmbito cultural, físico (geográfico), histórico e pessoal (o estudo da vida do autor).


INTRODUÇÃO
 Vários são os aspectos que influênciam os trabalhos de revisão de textos e traduções, mas para melhor direcionar este trabalho acadêmico à questão social. O uso da visão crítica, por se tratar do reconhecimento de diferenças culturais, a palavra, estrutura morfossintática da língua portuguesa, não somente como estrutura, mas sim como objeto de comunicabilidade. Tal qual analisado na apresentação sobre a sua importância. Pois, segundo Castelhar de Carvalho, a “língua como realidade psíquica formada de significados e imagens acústicas, constitui-se num sistema de signos, onde, de essencial, só existe a união de sentido e da imagem acústica, onde suas partes do signo são igualmente psíquicas.”3  E Saussure complementa que a língua “não está completa em nenhum indivíduo, é só na massa ela existe de modo completo”4, ou seja, tem um lado individual e um lado social, sendo impossível um sem o outro.

OBJETO DE PESQUISA
Ao entendermos a Língua como produto, um conjunto de signos, desvinculada de suas condições de uso e centralizada na "palavra" e na frase isoladas, alcançamos a visão de língua com foco das atenções ao domínio da morfossintaxe, com ênfase nas classificações e em suas nomenclaturas. Portanto, os sentidos pretendidos pelo leitor/receptor e suas finalidades comunicativas são compreendidas. A língua passa a ser uma abstração, uma possibilidade, uma hipótese, sempre empregada numa situação social, criar utilizando os recursos da linguística, marcas de valores culturais para interagirem uns com os outros.

 Já a Fala, ao contrário da língua, por se constituir de atos individuais, torna-se variada, imprevisível e assistêmica. Os atos individuais são limitados, não formam um sistema, por não apresentarem constância. Saussure adverte que, historicamente, o ato da fala sempre vem antes e que a fala é que faz a língua evoluir, são as impressões recebidas ao ouvir os outros que modificam nossos hábitos linguísticos.

“A língua se distingue da fala porque a definição de língua coincide com a de sistema de signos e a de fala refere-se à realização desse sistema em um ato individual de formação.”5  Saussure explica e continua “a dicotomia língua versus fala é pertinente à medida que os fatos de língua podem ser estudados separadamente dos fatos de fala. Contudo, se nessa oposição entre língua e fala aponta-se para a diferença entre um fato de língua e um fato de fala.” “Saussure não deixa de considerar, também, as interferências entre os dois tipos de fatos. Para ele, uma mudança no sistema pode advir de fatos de fala e alteram o sistema fônico. Só são pertinentes para o estudo do sistema da língua quando interferem diretamente nas relações internas entre seus elementos sistematizados.”6


OBJETIVOS E METODOLOGIA DA PESQUISA
Uma vez que entendemos a dicotomia Língua versus Fala, como aplica-lá nos trabalhos de revisão de textos e traduções? Um ponto importante, é aceitar que existem diferenças arraigas culturalmente nas línguas e nas falas, um posicionamento de forma neutra à compreender e assimilar esse novo conhecimento acolhendo este novo universo ao seu trabalho de revisão de textos e traduções. Exemplo; “O brasileiro sabe o seu português, o português do Brasil, que é a língua materna de todos os que nascem e vivem aqui, enquanto os portugueses sabem o português deles. Nenhum dos dois é mais certo ou errado, mais feio ou mais bonito: são apenas diferentes um do outro e atendem às necessidades linguísticas das comunidades que os usam, necessidades que também são... diferentes!”7 Partindo do ponto de vista, que somos seres humanos racionais capacitados de fala e língua, territorialmente separados, mas geograficamente unos como disse Martin Luther King, Jr.; “We are geographically one. We must now become spiritually one. Whether we like it or not, we are in one another`s business. Although there are no definitive lists of ways of being ethical, we should never presuppose that we know what it is like to live in another`s shoes world.”8 Portanto, homens e mulheres portadores da palavra (comunicabilidade), diálogar estreitando laços de compreensão mútua, diminuindo assim, diferenças e valores humanos. “Before we debate the respective merits of different views and values, I think it is important that we first recognize differences exist.”9 E me questiono se não era isso o que Barthes quis dizer com “mas o escritor é o único, por definição, a perder sua própria estrutura e a do mundo na estrutura da palavra”. “Um matéria (infinitamente) trabalhada; ela é, de certa forma, uma sobre-palavra real.”2


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 – Barthes, Roland; Crítica e Verdade São Paulo, editora Perspectiva, 1982, pg 32
2 – Idem, pg 33
3 – Carvalho, Castelar de; Para compreender Saussure, editora Vozes, 2008, pg 58
4 – Idem
5 – Pietroforte, Antonio Vicente; A Língua como objeto da línguistica, Introdução à Linguística: I. Objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2011, pg 109
6 – Idem, pg 109
7 – Bagno, Marcos; Preconceito Linguístico, edições Loyola, 1999, pg 32
8 – Carter, Lawrence Edward; Miller, George David; Radhakrishnan, Neelakanta; Global ethical options in the tradition of Ganghi, King and Ikeda; Weatherhill, 2001, pg 25
9 – Ikeda, Daisaku; The World is Your to Change, editora Asahi, 2002, pg 77



INTEGRANTES:
Tae Numata   C61EBJ-4

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