No áudio abaixo ouve-se uma moça (K) de 24 anos, nascida em Sergipe, contando uma história infantil (a da Chapeuzinho Vermelho) em uma tarde descontraída de sábado, a pedido de uma integrante do nosso grupo. Nota-se em sua fala muitos vícios de linguagem, muitas expressões próprias de sua região e muitas repetições e hesitações, características da língua falada.
Transcrição:
K.: Chapeuzinho é uma é uma menina que (+) é (+) tem uma vó que mora ni uma ni um ni um povoado ni um ni uma roça (+) ni uma floresta na verdade, aí ela pega/ essa vó mora longe do cabrunco né'' aí ela tem que ir lá e visitar a vó e::: leva os docinho porque a vó tá doente, aí ela pega vai e::: (+) a estrada que leva (+) até a casa da vó é (+) mora perto um lobo que fica pastorando quem passa ou não pra comer a pessoa ou, aí ela pega e (+) e ele pega o lobo vigiando/ começa a vigiar a Chapeuzinho/ começa a ver que ela sempre vai pra casa da vó e tal, aí (+) uma uma um um dia ele tem uma uma ideia boa e:: ele pega e:: entra/ invade a casa da vó e come a vó e se disfarça da vó aí pega é e (+) começa a fazer as perguntas Chapeuzinho que o que é isso'' né'' a Chapeuzinho que fica perguntando vovó que olho do cabrunco é esse'' é (+) vovó que boca da peste é essa'' vovó que cabrunco que cê tem na orelha que é grande'' aí vai pega e ele diz lá netinha é por isso e por aquilo e depois ele pega e come a Chapeuzinho Vermelho.
A proposta inicial da atividade consistiu em estabelecer a relação entre teoria e prática. A análise da conversação consistiu em uma das possibilidades de estabelecer a relação proposta. No decorrer do curso, vocês serão convidados a aprofundarem perspectivas teóricas da área de linguagem e sociedade e usarão o espaço do blog, as atividades práticas e a reflexão de como essas discussões contribuirão para compreenderem como a linguagem é configurada em situações concretas de uso da língua e seus processos de construção de sentido. Bom trabalho a todos!
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